USP - Universidade de São Paulo
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Linhas de Pesquisa

O LATEQS – Laboratório de Análise Térmica, Eletroanalítica e Química de soluções possui tradição em 3 ramos de atividade 1) Análise Térmica, 2) Eletroanalítica e 3) Química de materiais. 

Linhas de pesquisa – Prof. Dr. Rafael Martos Buoro

(I) A primeira linha intitulada “Desenvolvimento de eletrodos a partir de compósitos híbridos nanoestruturados metálicos para determinação de poluentes emergentes” aborda a preparação de compósitos híbridos de nanomateriais de carbono com nanoestruturas metálicas para a determinação de analitos cuja relevância aumentou na última década em virtude da atividade industrial e carência de métodos analíticos para sua quantificação, caso de hormônios, fármacos e moléculas comumente encontradas em resíduos industriais como pesticidas e corantes. Por serem potencialmente carcinogênicas e danosas ao ambiente, a linha de pesquisa busca desenvolver sensores eletroquímicos baseados em nanoestruturas metálicas em associação nanomateriais de carbono para determinação destas espécies.

(II) A segunda linha intitulada “Eletroanálise Verde – Racionalização de recursos e eletroanálise sustentável” preconiza estratégias de desenvolvimento de dispositivos eletroquímicos que sejam ambientalmente sustentáveis, minimizando o custo de produção e, ao mesmo tempo, mitigando o impacto dos resíduos gerados na fabricação destes dispositivos. São três projetos majoritários nessa linha:

1) Uso de solventes eutéticos profundos em eletroanálise”

Objetivo: aborda o uso de solventes eutéticos profundos, que tem sido disseminado nas mais diversas áreas da ciência, mas ainda apresenta um gigantesco campo a ser explorado em eletroanálise. Além de possuírem as mesmas características de líquidos iônicos e serem biodegradáveis, tais solventes podem ser utilizados como meio para detecção de fármacos, poluentes emergentes, biomarcadores, ou como meio para eletrodeposição de nanoestruturas metálicas com propriedades completamente distintas das observadas em solução aquosa com o propósito de fabricação de sensores. Devido à alta viscosidade do mesmo, ainda tem potencial aplicação como material aglutinante e condutor em compósitos de carbono, almejando-se o desenvolvimento de eletrodos compósitos e microeletrodos compósitos. O

2) Desenvolvimento de eletrodos impressos biodegradáveis para aplicação em eletroanálise.

Objetivo: Essa vertente explora o desenvolvimento de eletrodos impressos cuja aplicação tem crescido vertiginosamente por apresentarem baixo custo e facilidade de preparo. Aliada a essa característica, o uso de compostos naturais hidrofóbicos como cera de palma/carnaúba como substituinte da tradicional parafina utilizada para impermeabilizar papel em eletrodos impressos vislumbra um eletrodo completamente biodegradável, substituindo os tradicionais substratos eletródicos de cerâmica ou PVC. Além disso, as tintas de carbono utilizadas nestes eletrodos podem ser modificadas com NADES, explorando a melhoria da resposta eletroquímica esperada com a modificação, e ainda sim mantendo o aspecto sustentável do eletrodo.

3) Desenvolvimento de ultramicroeletrodos de fibra de carbono do tipo agulha para aplicação em eletroanálise.

Objetivo: Essa linha visa o desenvolvimento de um eletrodo voltamétrico combinado utilizando-se de fibras de carbono inseridas em capilares de borossilicato com dimensão micrométrica. A proposta é combinar eletrodo de trabalho e referência em um mesmo capilar, condensando um sistema de 3 eletrodos macrométricos em um capilar de borossilicato com 2 mm de diâmetro, utilizando-se de materiais biocompativeis, biodegradáveis e de baixo custo para com finalidade de serem eletrodos descartáveis. Esta linha corresponde a um desdobramento do tema do projeto de bolsa de pesquisa no exterior desenvolvido na Universidade de Pittsburgh.